Quando pensamos nas crianças não podemos olhar para elas como se fossem apenas
uma representação de adultos que ainda se encontram em ponto pequeno nas suas
dimensões de corpo. Tudo o que procuramos aprender é feito com base em princípios
de aquisições “Se quero jogar futebol – Então vou (1) saber andar; (2) Correr;
(3) Correr com Bola; (4) Correr com bola e saber rematar”. Onde quero chegar é
que temos que decompor e simplificar para entender sistemas mais complexos.
A criança passa desde do seu
nascimento até à sua adolescência por etapas que vão sendo fundamentais para a
construção da sua personalidade. O facto de termos adultos a educar crianças, é
porque estes já devem ter ultrapassado a “fase criança” e conseguem olhar para
um comportamento e saber que aquela ação vai condicionar determinada
transformação na criança. O facto de existirem estas diferenças entre adulto e
criança, pode levar a um caminho de boa pedagogia, ou por outro lado a
injustiças que a criança não consegue entender. Todos nós nos devemos lembrar
de uma determinada palmada que levamos “ - Aquela que doeu e que na altura
parecia que tínhamos o pior Pai/Mãe do mundo”, pois bem ai entra o processo de
condicionamento!
Hoje falo de um exemplo muito prático
de como os reforços Positivos e Negativos podem moldar comportamentos. Todos
devemos ter um café que vamos várias vezes, e se nos questionarmos porque vamos
sempre a esse e não a outro? – Pois bem a razão dever ser porque nos sentimos
lá bem. Esse sentimento de querer voltar foi trabalhado e vivido para realmente
existir.
Watson, um dos principais
representantes do behaviorismo (comportamentalista) demonstrou ser capaz de
desenvolver coisas arrepiantes em animais, ele testemunhou ser capaz de colocar
cães a preferir Peixe podre à carne fresca, a farejar cães em vez de cadelas. Isto
levou ao surgimento de comportamentos secundários no animal, urinava com muita frequência,
tinha medo do homem, rosnava e era mais agressivo. Watson brincou com os
reforços positivos e negativos de modo a criar um comportamento no animal que
não era natural, ou seja ele transformava os animais em animais com “Psicopatologias”.
De modo a terminar este conteúdo,
este foi um dos primeiros estudos a demonstrar como a vivência de experiencias
boas ou más, associadas a reforços bons ou maus podem ser manipulados. Se
olharmos para todo o desenvolvimento do homem o sofrimento e o prazer são duas
questões chave na educação e que devem ser utilizadas com peso e medida. Não
considero que devemos pensar sempre antes de agir, mas por vezes pensar um
pouco em cada ação e saber transmitir sem vergonha um sinal de afecto à criança
quando necessário, bem como o contrário.
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