Na minha profissão enquanto terapeuta e como prestador de apoio às suas famílias. Procuro defender ao máximo a integração e inclusão. A inclusão pode não ser simples e envolve adaptações sociais (por vezes as mais difíceis) e físicas. Vivo no dia a dia as questões da diferença e da deficiência

Em democracia, o voto é a voz do povo. Não podemos olhar para as Câmaras do país como instituições blindadas. Na verdade, é mesmo o processo contrário, são instituições que devem ir ao encontro das necessidades do concelho que servem. Conseguindo olhar por todos e para todos.

No entanto também não devem ficar apenas na gestão de serviços, mas ter a capacidade de colocar, criar e trazer novas ideologias. Muito se faz com a vontade das pessoas, pessoas movem pessoas e isso é força social. Tenho verificado alguns jovens adultos da minha geração, que embora tenham estudado e trabalhado foram da sua cidade natal, procuram levar um pouco da sua sabedoria à terra que os viu crescer. É bom ver esses exemplos a acontecer!

É bom sinal ver jovens a liderar, não fiquem com receios de que somos demasiado novos para ter uma opinião válida. Saber escutar com os mais velhos, aprender com eles e poder ajudar a fazer diferente, é o caminho ideal. Não precisamos de estudar todos direito, ciência politica, gestão, economia para estar mais perto dos assuntos da politica. Claro que vamos dominar menos alguns assuntos, mas iremos certamente estar abertos a outros.

Votar significa que temos opinião, temos uma escolha! É importante A alternativa à democracia são as respostas totalitárias e as ditaduras. Onde a critica não tem espaço, e ai sim não ter opinião era o mais seguro. Winston Churchill foi um dos melhores e mais emblemáticos políticos do Reino Unido, ele próprio verificava falhas no sistema democrático dizendo "a democracia é o pior de todos os sistemas à excepção de todos os outros". No entanto é aquele que melhor serve aos direitos do Homem.

Em 2016 surge pelo Observatório da Deficiência e dos Direitos Humanos (ODDH), um simpósio de dois dias sobre o tema da Deficiência. Neste colóquio teve como titulo "A Convenção da Deficiência 10 anos depois: Investigação, Políticas e Práticas". Foi verificado que é fundamental que qualquer cidadão de Portugal tem de ter os seus direitos assegurados, por exemplo, ao voto.  Em declarações a Dra. Ana Peláez declarou que “Existem em Portugal muitas pessoas que por estarem incapacitadas judicialmente ou por aparentemente mostrarem alguma dificuldade para compreender o processo, é-lhes negado o direito ao sufrágio universal".

Tudo bem, se é preciso mudar o que já foi feito?! De acordo com o portal do eleitor existe uma adaptação àquele que é o voto secreto, mas com apoio físico “Os eleitores afectados por doença ou deficiência física notórias que a mesa verifique não poderem votar sozinhos, podem ser acompanhados por um cidadão eleitor por si escolhido.”

E aqueles que não conseguem ir à mesa de voto? E aqueles que por considerarem um esforço tremendo a ida ao balcão de voto, desistem ainda antes de sair de casa. São votos, são direitos que se perdem. Existem alguns países na União Europeia que têm alternativas como o voto por correspondência. Somente Portugal, Grécia e Chipre fazem depender a participação eleitoral dos cidadãos da comparência junto às mesas de voto.


É possível verificar que o assunto tem sido abordado levemente, É um tema complexo que se estende também à pessoa com problemas de saúde mental ou com dificuldade intelectual. Para muitos pode ser só mais um assunto, para outros significa participar de igual para igual numa sociedade melhorada e adaptada. 

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