Olhe que não senhor deputado, desculpe, senhor pai. Cada vez que penso nesta forma de pensamento, rapidamente sou desviado para aqueles que são os troca tintas da politica, aqueles que tudo dizem vir a fazer mas que se lá estivessem fariam até igual.  Na vida, temos muitas das vezes de conseguir compreender a posição do outro. Enquanto observadores ficamos apenas a ver as linhas da página do dia, sem nunca descobrir o titulo da obra, nem tampouco tivemos acesso a vasculhar a introdução. Na verdade devíamos olhar para a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, como uma das funções mais importantes de inteligência, já dizia Augusto Cury.

Existem pais que podem até nem ser os melhores pais, até podem nem ter a devida paciência para educar. Mas, deixem que vos diga, as crianças não são todas iguais. Não culpo as crianças, nem os pais, culpo quem não procura ajudar nos momentos complicados vividos tanto pelas crianças, como pelos pais.

“Olha aquele menino a fugir! Olha para ele a agarrar em tudo, parece um polvo! Aposto que os pais ainda não lhe deram dois berros” – diz o pai do outro. Olhe senhor pai, talvez até nem deram dois, mas sim uns 20 ou 30 e sabe que mais, o menino continua a não conseguir parar. Porque este filho não é igual ao seu filho, pois vê e sente o mundo de forma diferente.

“Olha aquele menino que tem medo de tudo! Chora sempre que perde! Nem é capaz de falar em grupo! Aposto que os pais só lhe dão mimo, e depois é isto, fica assim cheio de medos” - diz o pai do outro. Olhe que não, estes pais já nem sabem como lidar com a situação. Acredite! Já tentaram tirando o tapete e até já tentaram colocando um colchão, e ainda assim nada funcionou as quedas aconteceram de formas diferentes e o menino continua igual.

“Olha aquele menino que responde mal, olha como grita. Sempre que é chamado à atenção não ouve e até bate nos colegas. Se fosse meu filho!” - diz o pai do outro.

Sou terapeuta (Psicomotricista) e a minha maior arma terapêutica é fazer brincar. Enquanto brincamos vou vendo a transparência da criança, medos, frustrações, interesses, alterações comportamentais que são expressos nas brincadeiras. O jogar permite passar por diferentes estados emocionais que ensinam o corpo, passando pelo controlo da agressividade até à euforia da vitória. A brincar também trocamos papéis sociais, ferramentas como ouvir a opinião do outro, o desprezo do outro, bem como o partilhar tempo do brinquedo. Neste jogo controlado, vou arrumando o mundo interno da criança e ensinado a agir neste mundo que parece por vezes uma selva de adultos.

Como falar sobre o assunto sem orientar um pouco, não me faz sentido. Segue a entrevista a Luís Borges (Neuropediatra) (http://www.noticiasmagazine.pt/2016/luisborges/ ). Aqui este partilha da sua própria dificuldade e relata vários exemplos em consultório de famílias que são confrontadas com as dificuldades de serem pais de crianças mais exigentes. Deixo também alguma bibliografia de estratégias de apoio para famílias com crianças com perturbação hiperatividade e défice de atenção, mas que podem funcionar para todas as crianças com problemas de comportamento:



Gritar para uma criança é demonstrar que somos adultos ignorantes que não sabemos como ensinar. Seja diferente e ajude a educar! A criança também sofre, sente e tem os seus problemas, não seja mais um para ela. 

1 comentários:

  1. After analyzing your article you have to recognize what I surely have written here how much is non surgical rhinoplasty . This one is being written after you have a proposal from you.

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